Felgueiras convida-o a estar presente na inauguração da exposição de pintura e cerâmica “No silêncio” do artista Mário Rocha, que se realiza no dia 07 de maio na Biblioteca e Arquivo Municipal de Felgueiras, pelas 16h00.
“No silêncio” é, como o título indica, e nas palavras de Isabel Pires de Lima “…uma exposição que se quer feita de pedaços, na qual o fio narrativo parece mais ausente do que é habitual nas exposições de Mário Rocha. Quadros individualmente considerados e exposição no seu todo dizem a fragmentação a que a vivência da pandemia nos conduziu: isolamento, silenciamento, solidão. Esta fragmentação é mostrada pelo pintor através de manchas de cor e de figurações de rosto, conjugando, como é habitual na sua pintura, o figurado e o abstrato. Os rostos são representados ora com, ora sem boca, ora são apenas uma máscara que ainda exibe uma outra máscara, destas que o quotidiano pandémico nos exige. E várias fissuras, como aberturas rasgadas, dizem o desejo de fala, o desejo do outro, o desejo do mundo exterior. Num dos quadros, encimando-o, vislumbra-se de resto um horizonte, entre serra e céu, povoado por mulheres, esses seres portadores de luz e vida, em contraste com o negrume de clausura que preenche o fundo do quadro. “Pedaços de silêncio podia também chamar-se “desejo de fala”…”
Mário Rocha nasceu em Perre, no concelho de Viana do Castelo, em 1954, dedicando-se à pintura desde 1968. Posteriormente, frequentou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis e estudou com o Mestre Álvaro Rocha, excecional Ceramista e nome ímpar do panorama artístico português. Mentor do evento Artístico “Arte na Leira”, que organiza desde 1999, e associado da Sociedade Nacional de Belas Artes, tem sido um dos principais impulsionadores da Pintura e da Cerâmica, no Norte do País. Em 2015, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito pelo Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva. Em 2016, foi agraciado com Voto de Louvor pela Assembleia de Freguesia de Perre. Em 2017, recebeu o título “Cidadão de Mérito”, na Sessão Solene Comemorativa de Elevação de Viana do Castelo a Cidade. A sua Obra está representada em várias coleções particulares e oficiais, em Portugal e no Estrangeiro.
A mostra está patente até ao dia 4 de junho.