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Riscos: Como Atuar

Incêndios

Sismos

Cheias

Frio

Seca

Ondas de Calor

Primeiros Socorros

Outros Riscos

Incêndios

Como agir durante um incêndio

Na floresta:

  • Contactar em primeiro lugar os Bombeiros da área, ou ligar o 117.
  • Se for possível, apagar o foco de incêndio, utilizando meios como ramos, extintores, pás ou enxadas.
  • Se vir algo de anormal junto ao foco de incêndio, pessoas ou veículos, tome notas e relate-as às autoridades competentes.
  • Em caso de grande foco de incêndio, ajude e colabore se for necessário com o trabalho dos bombeiros.

Em casa – como evitar incêndios:

  • Manter os isqueiros e fósforos longe das crianças.
  • Acender sempre o fósforo antes de ligar o gás.
  • Apagar bem os fósforos usados antes de os deitar para o lixo.
  • Nunca montar esquentadores na casa de banho.
  • Deixar a instalação de garrafas de gás a cargo de técnicos especializados.
  • Nunca guardar garrafas de gás em caves.
  • Nunca sair de casa, ainda que por pouco tempo, deixando o fogão ou o ferro de engomar ligado.
  • Manter a instalação elétrica em boas condições de modo a evitar curto-circuitos. 
  • Não pôr a roupa a secar em cima de aquecedores.
  • Se sentir cheiro a gás, desligar o fogão, o esquentador e os aquecedores.

Em casa – como agir durante um incêndio:

  • Se o fogo for numa instalação ou aparelhos elétricos, desligar imediatamente a eletricidade; caso seja impossível, não tentar extinguir o fogo com água, mas sim com um extintor ou abafá-lo com um cobertor, terra ou areia.
  • Se o fogo for produzido por uma fuga de gás, cortar a alimentação do combustível assim que seja possível e em segurança; caso contrário, deixar arder a fuga de gás e extinguir a chama. 
  • Fechar portas e janelas de modo a evitar a propagação das chamas pelas correntes de ar.
  • Não abrir uma porta sem verificar se esta está quente, sinal de que há um incêndio por trás dela, ou se sai fumo por baixo. 
  • Se o fogo sobe por uma parede, combatê-lo pela base; se se verificar no chão, extingui-lo antes de avançar.
  • Se o fumo entrar por baixo de uma porta, calafetá-la com panos húmidos e abrir a janela da divisão da casa onde se encontra.
  • Em caso da sua roupa começar arder siga os seguintes procedimentos: pare, deite e rebole.

Sismos

Os sismos são fenómenos naturais frequentes em Portugal, embora na sua maioria não são sentidos pelo o homem. Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre, correspondendo a libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmite a uma basta área circundante.

Como agir:

  • Informe-se sobre as causas e efeitos possíveis de um sismo na sua zona;
  • Elabore um plano de emergência para a sua Família;
  • Organize o seu kit de Emergência;
  • Armazene água e alimentos de primeira necessidade;
  • (verificando sempre o prazo de validade para que sejam validados até três dias após o sismo)

Durante o Sismo:

  • Evite o pânico por todos os meios ao seu alcance;
  • Refugie-se no vão da porta interior, debaixo de uma mesa ou cama.

Na Rua:

  • Dirija-se sempre para um local aberto;
  • Enquanto durar o sismo não vá para casa;
  • Não corra nem ande a vaguear pela rua;
  • Mantenha-se afastado dos edifícios (sobretudo dos mais degradados, altos ou isolados) dos postes de eletricidade e outros objetos que lhe possam cair em cima.

Como agir se vai a conduzir

  • Pare a viatura afastada de edifícios, muros, taludes, postes e cabos elétricos, e permaneça dentro dela.

Como agir se vai a conduzir

  • Siga os conselhos da proteção civil;
  • Não visite locais atingidos;
  • Afaste-se de muros e taludes que possam desabar.

Material de Emergência que deve usar e reunir em caso de sismo:

  • 1 Rádio transmissor e pilhas de reserva;
  • 1 Lanterna;
  • Estojo de primeiros socorros;
  • Alimentos de primeira necessidade;
    (verificando sempre o prazo de validade e que sejam duráveis no máximo de 3 a 5 dias).

Cheias

Como agir antes da cheia:

  • Elabore um plano de emergência, identificando sempre os pontos altos onde se pode refugiar;
  • Conheça o local de concentração para uma eventual evacuação e certifique-se que todos os membros da família também o conhecem;
  • Proceda à evacuação do gado e animais domésticos para locais seguros;
  • Mude o recheio da casa para os andares superiores, colocando os objetos de maior valor nos pontos mais altos;
  • Feche as embalagens dos inseticidas, herbicidas, etc., e coloque-as em lugar seguro para evitar os seus efeitos poluentes ou tóxicos em contacto com a água;
  • Manter a calma e seguir as orientações que forem transmitidas, pela proteção civil em caso de evacuação

Como atuar durante a cheia:

  • Mantenha a calma e a serenidade procure dar apoio as crianças, aos idosos e aos deficientes;
  • Esteja atento aos alertas da proteção civil;
  • Desligue a corrente elétrica e corte a água e o gás;
  • Não caminhe descalço;
  • Sinalize a sua presença com um pano branco, luz, etc., para facilitar a sua localização pelos meios de socorro;
  • Não utilize o carro, pode ser arrastado para buracos no pavimento;

Ao regressar a casa:

  • Faça uma inspeção prévia para verificar se existe o risco de desmoronamento;
  • Não beba água que suspeite estar contaminada. Ferva-a pelo menos durante 10 minutos;
  • Comece a limpeza pelas zonas altas;
  • Ajude e/ou facilite o trabalho das equipas de remoção e limpeza na tarefa de desobstrução da via pública junto de sua casa;
  • Não visite os locais atingidos.

Material de Emergência que deve usar e reunir em caso de cheia:

  • 1 Rádio transmissor e pilhas de reserva;
  • 1 Lanterna;
  • Estojo de primeiros socorros;
  • Alimentos de primeira necessidade; (verificando sempre o prazo de validade e que sejam duráveis no máximo de 3 a 5 dias)

Frio

Proteção contra vagas de frio

Como agir em casa:

  • Previna-se com roupa quente e calçado adequado antes de sair de casa;
  • Use várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso;
  • Vede portas e janelas por onde o ar frio possa entrar;
  • Tenha cuidado com as lareiras; em locais fechados e sem renovação de ar;
  • Tome também cuidado com os aquecedores devido ao risco de acidentes domésticos;
  • Se tiver que sair de casa, proteja a cabeça, utilizando um chapéu ou gorro e nas mãos use luvas;
  • Mantenha as roupas secas, evitando perdas de calor;
  • Evite uma exposição excessiva ao frio. Saia de casa apenas se tal for estritamente necessário;
  • Os idosos, crianças e pessoas com dificuldades de locomoção não devem sair de casa, são mais vulneráveis ao frio.

Como atuar na rua:

  • Faça pequenos exercícios com os braços, pernas e dedos para manter a circulação sanguínea;
  • Beba bebidas quentes, evite as bebidas alcoólicas, ao contrário do que possa pensar elas não ajudam;
  • Procure estar atento aos avisos e recomendações da Proteção Civil;
  • Proteja o rosto. Evite a entrada de ar extremamente frio nos pulmões;
  • Evite caminhar em zonas com gelo ou neve, para evitar o risco de quedas que podem produzir graves lesões.

Seca

Como agir durante o período de seca

Em casa:

  • Não deixe as torneiras a pingar;
  • Mantenha em bom estado a canalização de torneiras, autoclismo e máquinas (mande arranjá-los se perderem água);
  • Se um cano rebentar chame de imediato um canalizador;
  • Evite os banhos de imersão;
  • Tome duches rápidos e não deixe a água a correr enquanto de ensaboa;
  • Feche a torneira enquanto escova os dentes ou se barbeia;
  • Descarregue o autoclismo só quando for necessário;
  • Reduza a quantidade de água por cada descarga do autoclismo. Para tal coloque no depósito uma garrafa de plástica cheia de água ou opte por um autoclismo com depósito duplo;
  • Na compra de eletrodomésticos opte pelos de menor consumo de água ;
  • Utilize as máquinas de lavar roupa e loiça com a carga completa. Uma máquina cheia consome menos água do que duas com a carga incompleta;
  • Se lavar a loiça manualmente utilize a bacia do lava-loiça ou um alguidar. Evite lavá-la em água corrente mas, se o fizer, não deixe a água a correr continuamente. Antes da lavagem pode limpar a loiça com um papel e deixa-la “de molho”.

No jardim:

  • Nunca regue o jardim nas horas de maior calor;
  • Se regar de manhã cedo ou à noite poupa a água que se perde com o calor do sol;
  • Se possível faça a rega com água de poços e ribeiros, recupere a água da chuva ou reutilize a de uso doméstico (ex. de lavagem de fruta e legumes);
  • Há plantas que necessitam de pouca água, evite rega-las sem necessidade;
  • Se tiver piscina cubra-a quando não estiver a ser utilizada e limpe o filtro frequentemente.

Lavagem do carro:

  • Reduza o consumo de água na lavagem do carro. Procure lavá-lo com menos frequência.

Ondas de Calor

Como agir:

  • Ingira água ou outros líquidos não açucarados com regularidade, mesmo que não sinta sede;
  • Se tem idosos em casa, faça-os beber pelo menos mais um litro de água por dia do que fazem regularmente;
  • Procure manter-se dentro de casa ou em locais frescos;
  • Em casa, durante o dia, abra as janelas e mantenha as persianas fechadas, de modo a permitir a circulação de ar. Durante a noite abra bem as janelas para que o ar circule e a casa arrefeça;
  • Vista roupas leves de algodão e de cores claras. As cores escuras absorvem maior quantidade de calor;
  • Evite fazer exercício físico ou outras atividades que exijam muito esforço;
  • Evite estar de pé durante muito tempo, especialmente em filas e ao sol;
  • Não beba bebidas alcoólicas; são absorvidas rapidamente num organismo desidratado, podendo levar a estados de embriaguez com maior facilidade;
  • Um pequeno duche de água tépida arrefece o corpo rapidamente, aumentando o seu conforto.

Na praia:

  • Vá à praia apenas nas primeiras horas da manhã ou ao fim da tarde. Mantenha-se à sombra, use chapéu, óculos escuros e cremes de proteção solar;
  • Uma exposição ao sol prolongada leva a queimaduras de pele, que só por si aumentam a perda de líquidos.

No carro:

  • Viaje nas horas de menos calor, ou à noite;
  • Quando viajar faça-o por períodos curtos. Se tiver que fazer grandes viagens leve água consigo;
  • Proteja os passageiros com maior exposição ao sol cobrindo as janelas com telas apropriadas, que não dificultem a condução;
  • Se viajar com crianças mantenha-as o mais arejadas possível, vestindo-lhes o mínimo de roupa e dando-lhes frequentemente água a beber;
  • Se levar animais consigo, faça paragens frequentes dando-lhes constantemente água a beber.

Primeiros Socorros

Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva.

QUANDO DEVEMOS PRESTAR SOCORRO?

  • Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.

FINALIDADE DOS PRIMEIROS SOCORROS

  • Preservar a vida;
  • Evitar o agravamento do seu estado;
  • Promover o seu restabelecimento.

PLANO DE AÇÃO DO SOCORRISTA

  • OBSERVAR – O local e tudo o que está à volta da vítima;
  • PREVENIR – Afastar o perigo da vítima ou a vítima do perigo;
  • ALERTAR – Comunicar o tipo de acidente, o local, o número de vítimas e o seu estado;
  • SOCORRER – Socorro essencial e socorro secundário;
  • EVACUAR – Levantamento e transporte.

Chamamos asfixia a qualquer situação em que o ar não chegue aos pulmões. Como consequência, o sangue fica sem oxigénio.
Se não se atuar prontamente, as células do cérebro são privadas de sangue oxigenado provocando de 4 a 6 minutos a morte da vítima ou lesões cerebrais irreversíveis.

OBSTRUÇÃO

  • Parcial (há passagem de algum fluxo de ar);
  • Total (não há passagem de ar para os pulmões);

TIPOS DE OBSTRUÇÃO:

  • Anatómica (queda da língua);
  • Mecânica (objeto estranho);
  • Patológica (edema, tumor);

Pode existir uma obstrução parcial ou total das vias aéreas com diferentes objetos: vómito, sangue, placa dentária, alimentos, botões, moedas, etc.

OBSTRUÇÃO PARCIAL

Na obstrução parcial das vias aéreas, a vítima:

  • Está consciente;
  • Respira com muita dificuldade, com ruídos invulgares;
  • Embora respire, os lábios começam a ficar cianosados “azulados”;
  • Tosse;

Atuação:

Não interferir com a tentativa natural e espontânea da vítima tentar expelir o corpo estranho, mas incentivar a tossir;
Aconselhar a vítima a inclinar-se para baixo, pois esta posição ajuda o corpo estranho a sair para o exterior, pela própria ação da gravidade;

Se não recuperar, atuar como se tratasse de uma obstrução total.

OBSTRUÇÃO TOTAL

Na obstrução total das vias aéreas, a vítima apresenta:

  • Expressão de angústia;
  • Olhos muito abertos;
  • Boca aberta;
  • Quer tentar falar;
  • Mãos agarram o pescoço;
  • Lábios, língua, unhas e orelhas cianosados “azulados”;

Atuação:

Em vítima consciente :

  • Ficar de pé atrás da vítima, inclinando-a para a frente;
  • Aplicar até 5 pancadas nas costas com a mão – pancadas interescapulares;
  • A outra mão deve apoiar o peito da vítima;

Se não resultar, iniciar de imediato a desobstrução das vias aéreas através da aplicação da manobra de Heimlich.

Manobra de Heimlich (compressões abdominais)

  • Colocar-se atrás da vítima e com os braços envolver a cintura da vítima;
  • Colocar a sua mão fechada com o polegar para dentro, contra o abdómen da vítima, ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limite das costelas;
  • Agarre firmemente o punho com a outra mão;
  • Efetue 5 compressões abdominais, para dentro e para cima. As compressões devem ser pausadas, seguras e secas;
  • Verifique se o corpo estranho saiu pela boca;

Se a obstrução se mantiver:
Alternar cinco pancadas interescapulares com cinco compressões abdominais as vezes que forem necessárias até à expulsão do próprio objeto de forma alternada e cíclica.

Atuação:

Em vítima inconsciente:

Manobra de Heimlich (compressões abdominais)

  • Coloque a vitima em decúbito dorsal (de costas) no chão, com via aérea desobstruída;
  • Ajoelhe-se, com as coxas da vítima entre as suas pernas, de forma a poder aplicar compressões na região abdominal;
  • Colocar a palma de uma das mãos no centro da parte superior do abdómen da vítima e sobrepor a outra mão, mantendo os dedos afastados do abdómen;
  • Com os braços esticados, exercer uma rápida compressão no abdómen, para dentro e para cima;
  • Realizar essas compressões abdominais cinco vezes;
  • Procurar retirar o corpo estranho;

Se não obtiver êxito, repetir a manobra de Heimlich, tantas vezes quanto as necessárias para desobstruir a via aérea.

DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS EM CRIANÇAS

PANCADAS INTERESCAPULARES

  • Sente-se numa cadeira ou ajoelhe-se num joelho só, deitando a criança sobre o outro, de cabeça para baixo;
  • Segure o peito com uma das mãos e, com a outra, dê palmadas entre as omoplatas;

Se não resultar, efetuar compressões abdominais (manobra de Heimlich) – exercer pressão só com uma mão.

Manobra de Heimlich (compressões abdominais)

  • Sente a criança no colo ou coloque-se de pé, atrás dela, com um braço à volta do abdómen;
  • Feche o punho e coloque-o, com o polegar voltado para dentro, no centro da parte superior do abdómen. Ampare-lhe as costas com a outra mão;
  • Com o punho fechado, exerça uma pressão no abdómen, fazendo um movimento rápido para dentro e para cima. A pressão deve ser muito menor do que a usada para um adulto;
  • Repita a operação, se necessário;

Cada compressão deve ser suficientemente forte para, por si só, deslocar a obstrução.

O açúcar é essencial para que as células produzam energia. Para que o açúcar possa ser utilizado a nível celular tem primeiro que ser digerido. Na digestão do açúcar é essencial a presença de insulina, produzida pelo pâncreas.
Quando a produção de insulina é afetada, o açúcar não é digerido circulando livremente no sangue embora não possa ser utilizado pelas células. Este quadro clínico denomina-se Diabetes Mellitus.
A Diabetes Mellitus classifica-se em dois tipos: Diabetes Mellitus Tipo I ou Insulino Dependente Diabetes Mellitus Tipo II ou Não Insulino Dependente.
Ao nível de açúcar no sangue dá-se o nome de glicémia.
Ao aumento da quantidade de açúcar no sangue dá-se o nome de Hiperglicemia.
Á diminuição acentuada da quantidade de açúcar no sangue dá-se o nome de Hipoglicémia.
A hiperglicemia resulta habitualmente da insuficiente quantidade de insulina e a sua instalação é lenta e progressiva. Estamos perante uma hiperglicemia sempre que o valor de açúcar no sangue é superior 200 mg/dl.

Normalmente deve-se a:

  • Incumprimento da terapêutica antidiabética;
  • Aumento da ingestão de alimentos açucarados;

Não implica estarmos perante um doente diabético;

HIPERGLICEMIA

Sinais e Sintomas:

  • Náuseas e vómitos;
  • Fraqueza muscular e tonturas;
  • Pele avermelhada e seca;
  • Sensação de sede;
  • Hálito cetónico;
  • Aumento da frequência ventilatória;
  • Sonolência;
  • Confusão mental;
  • Desorientação;
  • Inconsciência – Coma Hiperglicémico;

Atuação:

  • Manter uma atitude calma e segura;
  • Avaliar e registar sinais vitais;
  • Recolher o máximo de informação;
  • Manter vigilância dos sinais vitais e evolução do estado de consciência;

HIPOGLICÉMIA

  • Resulta da baixa acentuada de açúcar no sangue e a sua evolução é normalmente rápida e súbita.
  • Estamos perante uma Hipoglicémia se o valor da glicémia é inferior a 50 mg/dl.

Este quadro clínico ocorre quando:

  • Existe jejum prolongado;
  • Os alimentos não são digeridos;
  • Existe um incumprimento da terapêutica/dieta;

Situação mais frequente nos doentes diabéticos mas pode acontecer a qualquer indivíduo.

Sinais e Sintomas:

  • Ansiedade, irritabilidade ou agitação;
  • Fraqueza muscular;
  • Sensação de fome;
  • Pulso rápido e fraco;
  • Pele pálida, húmida e viscosa;
  • Tonturas;
  • Náuseas e dor abdominal;
  • Tremores e convulsões;
  • Desorientação;
  • Confusão mental;
  • Inconsciência – Coma hipoglicémico;

Atuação:

  • Manter uma atitude calma e segura;
  • Glicemia capilar inferior a 50 mg/dl:
  • Água açucarada – Vítima consciente;
  • Papa de açúcar – Vítima inconsciente;
  • Avaliar e registar sinais vitais;
  • Recolher o máximo de informação;
  • Manter vigilância apertada dos sinais vitais e evolução do estado de consciência;

Contração involuntária de alguns grupos musculares ocasionada por um aumento da atividade elétrica numa determinada região cerebral.

Várias situações poderão estar na origem destas crises:

  • Epilepsia, a mais comum;
  • Lesões cerebrais;
  • Hipotermia, etc.

Atuação:

  • Manter uma atitude calma e segura;
  • Evitar traumatismos associados;
  • Desviar objetos;
  • Proteger extremidades e crânio da vítima;
  • Nunca tentar contrariar as contrações;
  • Desapertar roupas justas;
  • Registar a duração, tempo de intervalo, zona atingida e características das crises convulsivas;

Após a crise convulsiva:

  • Colocar a cabeça da vítima de lado;
  • Despistar a hipotermia;
  • Avaliar e registar sinais vitais;
  • Recolher o máximo de informação;
  • Atuar em conformidade com os traumatismos associados;
  • É frequente a recusa do transporte, pois muitas vezes a crise tem origem no incumprimento da terapêutica;

Existem alterações do comportamento em que os indivíduos conseguem simular quase na perfeição as Crises Convulsivas à exceção de:

  • Não existir incontinência de esfíncteres;
  • Não existir lesões ou traumatismos associados;

O estado de choque é um quadro grave, de aparecimento súbito, caracterizado por um colapso no sistema circulatório. A função do sistema circulatório é distribuir sangue com oxigénio e nutrientes para todas as partes do corpo. Quando isso, por qualquer motivo, deixa de acontecer e começa a faltar oxigénio nos tecidos e órgãos vitais do nosso corpo, pode ocasionar a morte da vítima se não revertido.

Sinais e Sintomas:

  • Palidez;
  • Olhos mortiços;
  • Suores frios;
  • Prostração;
  • Náuseas;

Num estado de agravamento:

  • Pulso fraco;
  • Respiração superficial;
  • Inconsciência;

O que deve fazer se a vítima está consciente:

  • Deitá-la em local fresco e arejado;
  • Desapertar as roupas, não esquecendo gravatas, cintos e soutiens;
  • Tentar manter a temperatura normal do corpo;
  • Levantar as pernas a 45º;
  • Ir conversando para a acalmar;

O que deve fazer se a vítima não está consciente:

  • Colocar na Posição Lateral de Segurança;
  • Transportar a vítima para o Hospital;

O que não deve fazer:

  • Tentar dar de beber à vítima;

É o rompimento da pele, podendo atingir camadas mais profundas do organismo, órgãos, vasos sanguíneos e outras áreas.
Pode ser provocado por vários factores, dentre eles: faca, arma de fogo, objetos perfuro-cortantes, arames, pregos, pedaços de metais, etc.

Classificação:

  • Feridas Abertas: Facilmente identificáveis, contacto do sangue com o exterior, sendo quebras da pele.
  • Feridas Fechadas: Ocorrem com tecidos debaixo da pele, incluindo órgãos internos -fígado, baço, etc. (equimoses e hematomas “pisaduras”, “negras”).

FERIMENTOS LEVES

Conduta:

  • Lavar as mãos antes de tocar na vítima;
  • Limpar o ferimento com água limpa;
  • Proteger o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo;
  • Não tocar o ferimento com os dedos ou material sujo;
  • Não colocar pomadas ou quaisquer outras substâncias;
  • Não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento;

Para ferimentos profundos, veja Hemorragia.

FERIMENTOS ESPECIAIS

Conduta:

Ferimento nos Olhos:

  • Não esfregar os olhos;
  • Tapar a região com gaze esterilizada ou pano limpo;
  • Fixar o tampão com venda ou adesivo;

Sangramento no Nariz:

  • Manter a vítima quieta e aplicar pressão sobre o lado do nariz que sangrar;
  • Colocar gelo sobre o local;

Lesões no Tórax:

  • Colocar sobre o ferimento gaze ou pano limpo ou mesmo a própria mão, para impedir a penetração ou saída de ar pelo ferimento. Se houver falta de ar, soltar uma das extremidades do curativo;

Ferimento no Abdómen:

  • Quando houver saídas de alças intestinais ou outros órgãos, cobrir com toalha limpa ou humedecida e transportar rapidamente para o hospital;
  • Passo-a-passo:
    • Deitar a vítima imediatamente;
    • Lavar as mãos antes do atendimento;
    • Evitar tocar nos órgãos expostos e nem tentar colocá-los no lugar;
    • Cobrir com compressas, gaze ou pano limpo;
    • Prender a compressa ou gaze com atadura e apertar;
    • Conduzir a vítima, imediatamente, ao Hospital

Ferimento na Cabeça:

  • Afrouxe as roupas da vítima e mantenha-a deitada de barriga para cima, agasalhada. Faça compressas para conter a hemorragia, removendo-a ao pronto-socorro mais próximo;

Contusões:

  • Quando o local do ferimento ficar arroxeado, é sinal de que houve hemorragia por baixo da pele;
  • Aplicar compressas frias ou gelo, até diminuir a dor ou o inchaço;
  • Posteriormente, podem ser aplicadas compressas mornas para facilitar a cura;

Uma fratura é uma solução de continuidade no tecido ósseo. Em caso de fratura ou suspeita de fratura, o osso deve ser imobilizado. Qualquer movimento provoca dores intensas e deve ser evitado.

SINAIS E SINTOMAS:

  • Dor intensa no local;
  • Impotência funcional;
  • Deformação;
  • Crepitação;
  • Edema;
  • Equimoses e/ou hematomas;
  • Exposição de topos ósseos; ´

CUIDADOS:

  • Uma fratura ou suspeita de fratura deve ser sempre imobilizada;
  • Verificar se existem ferimentos;
  • Fraturas expostas – lavar a ferida abundantemente e proteger com compressas antes da imobilização;
  • Expor a zona de lesão (desapertar ou se necessário cortar a roupa);
  • Tentar imobilizar as articulações que se encontram antes e depois da fratura utilizando talas apropriadas;

O que NÃO deve fazer:

  • Tentar fazer redução da fratura, isto é, tentar encaixar as extremidades do osso partido;
  • Provocar apertos ou compressões que dificultem a circulação do sangue;
  • Procurar, numa fratura exposta, meter para dentro as partes dos ossos que estejam visíveis;

A hemorragia é uma perda de sangue devido a rutura de vasos sanguíneos.
A hemorragia pode ser interna ou externa, implicando atitudes diferentes por parte do socorrista.

HEMORRAGIA INTERNA

Deve-se suspeitar sempre de hemorragia interna quando não se vê escorrer o sangue mas a vítima apresenta um ou mais dos seguintes sinais e sintomas:

  • Sede;
  • Sensação de frio (arrepios);
  • Pulso progressivamente mais rápido e mais fraco;

Em casos ainda mais graves:

  • Palidez;
  • Arrefecimento, sobretudo das extremidades dos membros;
  • Zumbidos;
  • Alteração do estado de consciência;

O que deve fazer:

  • Acalmar a vítima e mantê-la acordada;
  • Desapertar a roupa;
  • Manter a vítima confortavelmente aquecida;
  • Colocá-la em Posição Lateral de Segurança;

O que NÃO deve fazer:

  • Dar de beber ou comer;

HEMORRAGIA EXTERNA

O que fazer:

  • Deitar horizontalmente a vítima;
  • Aplicar sobre a ferida uma compressa esterilizada ou, na sua falta, um pano lavado, exercendo uma pressão firme com uma ou as duas mãos, com um dedo ou ainda com um ligadura limpa, conforme o local e a extensão do ferimento;
  • Se o penso ficar saturado de sangue, colocar outro por cima, mas sem retirar o primeiro;
  • Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos);
  • Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo sobre a ferida;
  • Atenção: antes de qualquer procedimento o socorrista deve calçar luvas descartáveis;

Se se tratar de uma ferida dos membros com hemorragia abundante pode ser necessário aplicar um Garrote.
O garrote pode ser de borracha ou improvisado com uma tira de pano estreita ou uma gravata.

Como aplicar um garrote:

Aplicar o garrote entre a ferida e o coração, mas o mais perto possível da ferida e sempre acima do joelho ou do cotovelo, de acordo com a zona onde se situa a ferida que sangra.

O contacto com tóxicos constitui uma realidade que se generaliza nos lares e campos, cidades, indústrias, etc.
O contacto com tóxicos é inevitável, pois na sua grande maioria estes produtos trouxeram benefícios à nossa civilização e ao esquema de vida que adotámos que não podemos suprimir.

Vias de Contacto:

  • Via digestiva;
  • Via respiratória;
  • Via cutânea;
  • Via ocular;
  • Via parentérica ou Por injeção;
  • Picada de animal;
  • Via rectal e vaginal;

Atuação do tóxico:

  • Por contacto direto;
  • Quando é absorvido;
  • Na fase de eliminação;

Atuação – via inalatória:

  • Remover a vítima do ambiente contaminado;
  • Retirar roupas;
  • Manter temperatura corporal;

Atuação – via cutânea:

  • Retirar roupas;
  • Lavar abundantemente com água e sabão;
  • Manter temperatura corporal;
  • Não aplicar produtos químicos;

Atuação – via ocular:

  • Lavar abundantemente com soro fisiológico ou água;
  • A lavagem deve ser feita do canto interno para o canto externo do olho, mantendo as pálpebras afastadas;
  • Manter a lavagem durante pelo menos 15 minutos;

Atuação – injetável:

  • Imobilizar o intoxicado;
  • Mais frequente a intoxicação por opiáceos;
  • Alteração do estado de consciência;
  • Pupilas contraídas e diminuição da frequência ventilatória – estimular vigorosamente;

Atuação – via digestiva:

  • Via mais comum nas intoxicações;
  • A atuação baseia-se no esvaziamento gástrico, por indução do vómito;

CUIDADOS DE EMERGÊNCIA:

Afastar a vítima do agente agressor.

Os cuidados visam:

  • Aliviar a dor: lave em água corrente abundantemente.
  • Prevenir o choque (se a vítima entrar em choque, siga as instruções da pagina Estado de Choque).
  • Prevenir a infeção (utilização de material esterilizado ou limpo).

Atuação:

  • Manter a abertura das vias aéreas;
  • Verificar se respira;
  • Verificar se tem pulso;
  • Retirar a roupa que não estiver pegada ao corpo. Caso esteja, não retire, pois ocasiona lesões graves;
  • Retirar objetos que possam ser removidos, correntes, relógio, etc. Se estiverem colados, não retire;
  • Limpar com água corrente ou soro fisiológico;
  • Colocar compressas esterilizadas ou panos limpos humedecidos;
  • Se a extensão da queimadura for grande, proteger a vítima com lençol esterilizado ou limpo molhado em água e encaminhe-a a um hospital ou aguarde a chegada do socorro;

Lembre-se: Não utilize nenhum tipo de pomada ou produtos caseiros na área afectada pela queimadura, só água.

CASOS ESPECIAIS:

Queimaduras oculares:

  • Lavar com água corrente ou soro fisiológico. Não fazer penso oclusivo.

Queimaduras nas articulações e em zonas de contacto:

  • Nas zonas de contacto colocar compressas a separar (ex: mãos, axilas), para impedir que as partes adiram umas às outras.

Queimaduras provocadas por produtos químicos:

  • No caso dos químicos líquidos, retirar as roupas e lavar abundantemente com água.
  • No caso dos químicos em pó, retirar todos os vestígios de pó antes de lavar, para evitar a diluição.

Outros Riscos

GRIPE DAS AVES

Não existe uma vacina para a gripe das aves provocada pelo vírus H5N1, visto só ser possível fazê-la depois de ser conhecida a variante humana. Assim, recomenda-se que os grupos de risco, crianças, idosos e trabalhadores de saúde, sejam vacinados contra a gripe, evitando os surtos “normais”.

A gripe das aves circula entre os animais por todo o mundo. Algumas aves, sobretudo as aquáticas, são hospedeiras do vírus e espalham-no, através da saliva, secreções nasais e fezes.

O processo mais habitual de contágio é pelo contacto, através das penas, excrementos e carcaças dos animais.

Muitas vezes, o animal portador não fica doente, mas pode transmitir a gripe a outras aves. As aves domésticas podem ser infetadas através de contacto direto com animais doentes ou pelo contacto com superfícies (p.ex.: gaiolas) ou materiais (p.ex : água ou alimentos), contaminados com o vírus.

Alguns cuidados de prevenção:

  • As aves não devem estar ao ar livre;
  • As aves não devem estar dentro de casa, juntas com as pessoas;
  • Evitar contacto das aves com aves migratórias;
  • Evitar importação de aves;
  • Evitar o contacto com aves mortas;
  • Evitar o contacto com as fezes de animais suspeitos.